As convenções do PL para as eleições municipais deste ano expuseram divergências internas e lançaram dúvidas sobre o cumprimento do objetivo da sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro: eleger ao menos mil prefeitos pelo Brasil. Em um cenário turbulento, viraram alvo de desgaste campanhas em que Bolsonaro e o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, estão em lados opostos, bem como os palanques em municípios nos quais o partido estará com aliados de esquerda, contrariando orientação nacional.
Na tentativa de fortalecer a base mais fiel, Bolsonaro tem travado ainda um duelo com o comando do partido para vetar também nomes de centro. À revelia de Valdemar, grupos de direita têm feito uma força-tarefa para denunciar neoaliados. O objetivo é fortalecer a “guerra cultural” e preservar as bandeiras do bolsonarismo. Em algumas cidades, o próprio ex-presidente procura privilegiar aqueles que estão mais alinhados aos valores que o elegeram em 2018, independentemente da filiação partidária.